O Douro assemelha-se a uma paleta que muda de cor dependendo da época do ano, pintada pelas folhas e flores de várias culturas. Na primavera, quando as amendoeiras florescem, branco e violeta misturam-se com o verde das folhas. No outono, as colinas e vales são cobertos por um manto em tons de castanho e cobre. O verde da vegetação contrasta com o brilho das águas dos rios e regatos que serpenteiam pela região. O rio Sabor atravessa áreas selvagens sem intervenção humana; o rio Côa encerra tesouros milenares; e os rios Corgo, Távora e Varosa abraçam o coração da região vinícola. Estes são apenas alguns das dezenas de afluentes do Douro que coexistem em estreita harmonia.

Em Mesão Frio, a sensação de que estamos num cenário histórico e medieval é permanente. O rico património arquitectónico é evidente, realçado pelos seus majestosos edifícios numa terra de ruas e praças de paralelepípedos imaculadas que parecem congeladas no tempo. Além das casas senhoriais, as igrejas escondem esculturas majestosas, mobiliário sagrado e outras obras de arte. As depressões profundas e vales que o Douro enfrenta, com os seus terraços quase uniformes, são o traço definitivo da sua grandeza e servem de cenário perfeito para os amantes da natureza na sua forma mais pura. Isto para não falar na hospitalidade genuína de seus moradores.